Ciência e Saúde

Estudo mostra que, sozinhas, as crianças não conseguem emagrecer

Carolina Cotta
postado em 11/06/2012 08:00
Belo Horizonte ; Não basta preparar a refeição mais saudável, criar uma verdadeira revolução na lancheira e matricular os pequenos na natação, no futebol, na ginástica artística e no que mais for preciso para queimar calorias. No tratamento da obesidade infantil, é fundamental uma atuação interdisciplinar e uma perspectiva sistêmica em que a criança acima do peso seja vista como parte de um todo. Em outras palavras, o relacionamento entre pais e filhos e a história familiar são determinantes no processo de emagrecimento e devem ser articulados com as questões nutricionais e o processo de mudança de estilo de vida. No recém-lançado livro Obesidade na infância e interações familiares: uma trama complexa (editora Coopmed), a mestre em ciência da saúde e coordenadora do Setor de Psicologia do Hospital São Camilo, em Belo Horizonte, Valéria Tassara, aborda a obesidade na infância ampliando o foco da responsabilidade da própria criança para o contexto das relações parentais e sociais. Fatores biogenéticos, familiares e psicossociais interrelacionados seriam definidores na constituição do problema.

Resultado de sua dissertação de mestrado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o estudo, realizado no Ambulatório de Nutrologia Pediátrica do Hospital das Clínicas, ressalta a importância de construir intervenções em redes cooperativas e solidárias entre as famílias, os profissionais de saúde, as instituições sociais e as políticas públicas para prevenir e tratar o excesso de peso na infância. Segundo a especialista, sozinha, seguindo um regime, a criança não consegue os efeitos necessários do tratamento.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação