Ciência e Saúde

Fiocruz pesquisa razão de o Brasil ser o país com maior índice de cesáreas

Marcela Ulhoa
postado em 12/06/2012 07:40
Carol Braz, 31 anos, passou boa parte da gravidez tentando se convencer de que o parto normal seria uma opção mais saudável e segura para o nascimento do seu primeiro e único filho, Rafael. ;Menos de um mês antes da data prevista, eu mudei de ideia por medo e marquei a cesariana. É engraçado que meu marido ficava me dizendo que eu não ia conseguir suportar a dor do parto natural, já que eu reclamava muito das minhas cólicas;, conta Carol de forma descontraída. Ela acrescenta que, na hora em que desceu para o centro cirúrgico, seu médico ainda brincou que só não a mandava para casa porque ela já estava ali, mas que, se esperasse no máximo três dias poderia tranquilamente realizar um parto normal.



Assim como várias outras mulheres, Carol tinha todas as condições necessárias para não precisar entrar na sala de cirurgia, mas acabou se submetendo à cesárea. Pela Tabela de Nascidos Vivos no Brasil de 2011, que inclui dados da rede pública e privada de saúde, 52% dos partos realizados no país no ano passado foram cesarianas, número que vem crescendo há décadas. Em 2000, o índice equivalia a 38%. Mas, dentre esse total, quantos partos realmente precisavam ser cesarianas? Essa é uma das perguntas que a pesquisa Nascer no Brasil tenta responder.

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