postado em 14/06/2012 08:00
Uma das grandes empreitadas que médicos e cientistas tentam vencer é contra um inimigo que se alastra pelo corpo humano, engana as defesas do organismo e faz o corpo produzir células nocivas a si próprio. Trata-se do câncer, mal que atinge milhões de pessoas em todo o mundo e que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), deve crescer 75% até 2030. Uma pesquisa divulgada na edição de hoje da revista científica Science Translational Medicine coloca mais uma peça no complexo quebra-cabeça. Pesquisadores britânicos e norte-americanos descobriram que o reovírus, um tipo de vírus comum que vem se mostrando promissor no combate ao câncer, pode ser administrado na corrente sanguínea do paciente e, mesmo assim, se manter ativo no interior das células cancerígenas, o que poderá facilitar o tratamento de pacientes que utilizam essa técnica.Há alguns anos, os reovírus vêm sendo utilizados no tratamento de pessoas com câncer. Pela técnica, ainda limitada a poucos e para específicos casos, quando o tumor está em um local acessível aos médicos e em um estágio avançado, em um delicado procedimento cirúrgico, os médicos injetam cepas do vírus no interior das regiões doentes, despertando o alerta do sistema de defesa do corpo. Para combater as células virais, o sistema imunológico ataca a região e, por tabela, termina por destruir as células com câncer, que normalmente não são detectadas como doentes.