Ciência e Saúde

Equipamento permite que pacientes vegetativos se comuniquem em tempo real

Bruna Sensêve
postado em 30/06/2012 08:00
A total incapacidade de se mover e interagir com o mundo externo que acomete pessoas com severas lesões cerebrais ou privação de oxigênio pode tornar o próprio corpo um cárcere desesperador. Alguns pacientes conseguem clinicamente comprovar a presença de consciência por meio de momentos de percepção do ambiente, o que é chamado de estado de consciência mínima . Outros simplesmente não expressam qualquer reação a estímulos externos. Apresentam sinais vitais normais, executam funções fisiológicas, dormem e acordam todos os dias, mas permanecem completamente alheios. Essa condição, chamada de estado vegetativo, pode durar dias, meses ou anos. Pesquisadores da Universidade de Maastricht, na Holanda, acreditam que uma técnica desenvolvida por meio da ressonância magnética funcional (fMRI, em inglês) pode ser a porta de saída para pensamentos aprisionados por tanto tempo.

O modelo desenvolvido propõe que o paciente soletre palavras mentalmente, usando uma tabela em que são demonstrados 27 códigos, um para cada letra do alfabeto e um espaço em branco. Os cientistas usaram três tarefas mentais que ativam diferentes partes do cérebro e são percebidas pela ressonância magnética funcional: imaginar uma ação motora, fazer um cálculo mental e desenvolver um discurso ou uma conversa internamente. A ideia é que o aparelho de fMRI seja capaz de detectar qual área foi ativada e que um especialista possa ;decifrar; a letra que o paciente tem a intenção de expressar.

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