Bruna Sensêve
postado em 04/07/2012 08:00
Pesquisas pioneiras que simplificam a produção de biodiesel a partir de algas colocam cientistas brasileiros e estrangeiros cada vez mais próximos da ;fórmula; que tornará, em alguns anos, esses micro-organismos uma opção economicamente viável e ainda mais ecológica de fabricação de combustível. Uma equipe de cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, descobriu como tornar o processo de transformação da biomassa mais simples e barato que os métodos atuais. No Brasil, uma equipe no Paraná e outra no interior de São Paulo estudam formas de resolver o que consideram o maior problema na utilização das algas no Brasil: seu cultivo em escala industrial.Na última Conferência Anual de Química e Engenharia Verde, realizada pela Sociedade Americana de Química, a cientista Julie Zimmerman, que lidera a equipe de Yale, apresentou um avanço na transformação de algas em biocombustível. O novo processo substitui os métodos atuais, compostos por duas fases. Chamado one-pot (pote único, em inglês), ele usa o dióxido de carbono (CO2) em um estado supercrítico e o metanol, ambos a uma temperatura de reação relativamente baixa. Essa forma de produção seria o grande diferencial do método, já que, atualmente, o primeiro passo, que consiste na extração de lipídios das algas, é feito separadamente da conversão das moléculas de gordura em biodiesel (processo conhecido como transesterificação), a segunda fase.