Felipe Canêdo
postado em 09/07/2012 08:05
Belo Horizonte ; As possibilidades são fabulosas para os avanços nos conhecimentos sobre o comportamento de partículas de carbono em escala molecular. Para quem duvida, o professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Ado Jório de Vasconcelos cita até o advento do teletransporte; de um elevador que possa levar objetos para o espaço sideral; tratamentos de câncer pouquíssimo agressivos; precisão na transposição de genes; e fertilizantes de altíssima eficiência para o cultivo de faixas tropicais do mundo, que são geralmente economicamente subdesenvolvidas. Mas ele alerta: ;Para se pensar em possibilidades futuras, é preciso ser um pouco irresponsável;.Premiado recentemente pelo renomado Centro Internacional Abdus Salam de Física Teórica (ICTP, na sigla em inglês), em Trieste, na Itália, Ado Jório se dedica ao estudo de nanotubos de carbono desde 1999, quando começou um curso de pós-doutorado no Massachussets Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Com recém-completados 40 anos, idade máxima para que ganhasse a honraria internacional do ICTP, instituto governado pela Unesco e pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês), ele receberá em outubro o troféu por ter se distinguido com contribuições originais para a ciência, inclusive a aplicação de um método denominado espectroscopia Raman para identificar as propriedades de nanotubos de carbono.