Celina Aquino
postado em 10/07/2012 08:00
Belo Horizonte ; O câncer de colo do útero é um dos tumores mais comuns em mulheres. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que, neste ano, surgirão quase 18 mil casos no Brasil e que metade das pacientes não vai sobreviver. Para evitar que o número de mortes continue alto, especialistas apostam na vacina contra o papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos. O governo já estuda incluí-la no programa nacional de imunização, mas, por enquanto, a vacina está disponível apenas na rede privada.A recomendação em todo o mundo é que se ofereça a imunização antes do início da atividade sexual. De acordo com a pesquisadora do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer Luisa Lina Villa, estudos indicam que a vacina é totalmente eficaz na população que ainda não se expôs ao HPV, que é um vírus sexualmente transmissível. A experiência na Austrália, que adotou a medida preventiva há quatro anos, imunizando todas as meninas, mostra que a vacina reduziu em 90% a incidência de verrugas genitais. No Brasil, a vacina quadrivalente, que protege contra quatro tipos de HPV, incluindo os que provocam a erupção da pele, é comercializada desde 2006. A bivalente foi aprovada dois anos depois.