Ciência e Saúde

Fórmula promete calcular os estragos da degradação ambiental na Amazônia

postado em 13/07/2012 08:00
Imagem mostra área desmatada na Amazônia
Ainda é possível salvar as espécies em extinção? Segundo pesquisadores britânicos e brasileiros, mesmo em regiões onde o desmatamento foi cruel, a resposta é sim. Em dois artigos publicados na edição de hoje da revista científica Science, especialistas do Imperial College London, no Reino Unido, e da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, afirmam que, após a retirada da vegetação, se inicia uma corrida contra o tempo para que as espécies animais da região não desapareçam. Os cientistas europeus, que criaram um cálculo matemático para mensurar qual o tempo entre o desmate e o sumiço dos animais, afirmam que apenas 20% das extinções locais causadas pelo desmatamento já aconteceram e que, mesmo se a retirada de árvores cessar agora, os outros 80% ainda vão desaparecer. Mas o artigo brasileiro dá uma esperança: ainda há tempo de salvar esses bichos.

Segundo os cientistas, quando uma região é degradada, é esperado que uma determinada quantidade de animais proporcional à região que foi desflorestada desapareça. Contudo, esse sumiço não ocorre de uma hora para outra. São necessários anos para que a fauna deixe de aparecer por causa do desmatamento de uma área. Esse saldo de espécies condenadas à extinção, mas que ainda não seguiram esse caminho é chamado pelos pesquisadores de débito de extinção. É uma espécie de dívida que a floresta contrai quando perde parte de sua integralidade.

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