Ciência e Saúde

Pesquisa diz que o blefe vem da ativação de uma área específica do cérebro

Marcela Ulhoa
postado em 20/07/2012 08:00
Extremamente social, o ser humano, quase sempre, toma decisões adaptadas ao contexto específico no qual está inserido. A relação entre o cérebro e o comportamento no contato com o outro é algo que intriga os cientistas, que buscam entender as especificidades do que chamam de cognição social. A partir de um experimento que simula tomadas de decisão em um jogo de pôquer simplificado, pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, realizaram um mapeamento da atividade cerebral dos participantes durante as partidas para compreender a fisiologia por trás das escolhas feitas. E descobriram que a arte de enganar, o famoso blefe, tem uma correlação das áreas de conjunção dos córtices temporal e parietal (TPJ) na predição de ações que estão por vir.

Durante os testes, quando um jogador tentava prever a próxima jogada do adversário, a TPJ era a parte do cérebro mais acionada, indicando que ela tem um papel específico no modo como nos relacionamos com outras pessoas. ;Quando psicólogos e neurocientistas falam sobre o cérebro, eles muitas vezes dizem que o órgão é dedicado à função social. Mas ter todo um cérebro dedicado ao social custaria muito caro, uma vez que também gastamos muito de nosso tempo tomando decisões que não têm qualquer motivo social;, afirma McKell Carter, um dos autores do estudo. A ideia, portanto, é que não a totalidade do cérebro, mas algumas partes específicas dele estariam voltadas ao social.

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