Ciência e Saúde

Estudo indica aeroporto JFK de NY como grande disseminador de micróbios

Agência France-Presse
postado em 27/07/2012 15:36
Nova York - O aeroporto internacional John F. Kennedy (JFK) de Nova York é um enorme ;hub; mundial, ou seja, um ponto de chegada e partida de voos para todas as regiões do planeta, mas também um grande disseminador de micróbios, segundo estudo publicado esta semana nos Estados Unidos.

O JFK é o primeiro da lista na classificação feita pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), seguido do Internacional de Los Angeles e dos terminais aéreos de Honolulu (Havaí), San Francisco (Califórnia), Newark (Nova Jersey) e dos aeroportos internacionais de Chicago e da capital, Washington.

Mas o fato de serem um centro de difusão de germes não significa que também estejam cheios de doenças: o estudo do prestigioso MIT buscou medir os fatores que explicam o papel desempenhado por estes aeroportos na circulação de doenças infecciosas. Entre estes fatores estão os padrões de viagem, a localização geográfica e o tempo de espera.

O objetivo do estudo era entender e prever como os vírus da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e da gripe das aves se disseminam e geram novas epidemias em um mundo cada vez mais interligado.

"Nosso estudo é o primeiro a observar a distribuição espacial das fases de contágio em seus primórdios e propor um modo de prever quais ;nós;, neste caso, os aeroportos, propiciam uma difusão mais agressiva", disse Ruben Juanes, professor do MIT. "Os resultados podem contribuir para uma avaliação inicial das estratégias de vacinação em caso de um surto e permitem informar aos organismos nacionais de segurança sobre as vias mais vulneráveis de ataque biológico em um mundo densamente conectado", acrescentou.



Os resultados podem dar lugar a confusão: o aeroporto de Chicago é famoso por seu tráfego pesado, mas Hololulu, que recebe apenas 30% do movimento aéreo do JFK, se situa em posição anterior na lista.

No entanto, o aeroporto do Havaí é "quase tão importante em termos de contágio devido à sua localização na rede de transporte aéreo", explicaram os cientistas no relatório. "Sua localização no Oceano Pacífico e suas muitas conexões com centros de distribuição longínquos, grandes e bem comunicados, o situam em terceiro lugar em termos de propagação de doenças", concluíram.

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