Paloma Oliveto
postado em 02/08/2012 08:16
Educado para ser pastor anglicano, Charles Robert Darwin (1809-1882) teve os primeiros contatos com a ciência ainda na infância, quando montou um laboratório de química no jardim de casa, para brincar com o irmão. Apesar de, como toda criança da época, ter estudado gramática, literatura e um pouco de grego e latim, seu pai, o médico Robert, achava que a escola em Shrewsbury era fraca e insuficiente para encaminhá-lo na vida.[SAIBAMAIS]Antes de decidir que o filho deveria se dedicar à teologia, Robert enviou Charles a Edimburgo, para que estudasse medicina. Nos primeiros anos da faculdade, que não chegou a concluir, ele conheceu zoólogos e taxônomos que aumentaram seu interesse por história natural. Um dos passatempos do jovem Darwin era colecionar espécies e discutir seus achados com amigos, e esse hobby não foi interrompido mesmo depois de iniciar os estudos teológicos. Ao contrário, ele foi apresentado a clérigos que compartilhavam da curiosidade científica.
Dividido entre a ideia de se recolher em uma paróquia no interior da Inglaterra ou se aventurar pelo mundo, Darwin não resistiu quando, na noite de 29 de agosto de 1831, recebeu um convite para trabalhar como naturalista a bordo do navio HMS Beagle, que faria pesquisas durante dois anos na América do Sul. Apesar de a família ser contra, ele embarcou na jornada. Quando o navio zarpou do porto de Plymouth quatro meses depois, Darwin jamais poderia imaginar que aquele era o primeiro passo para uma revolução na história da ciência.