Ciência e Saúde

Estudo revela que poluição da Ásia contamina Estados Unidos e Canadá

Agência France-Presse
postado em 02/08/2012 18:14 / atualizado em 23/10/2020 10:55

Washington - A poeira e a poluição de aerossóis na Ásia viaja pelo oceano e contamina o ar de Estados Unidos e Canadá, provavelmente piorando os efeitos das mudanças climáticas, revelou um estudo publicado esta quinta-feira (2/8).

Aproximadamente a metade das partículas de aerossol na América do Norte provêm de fontes de fora da região e a maioria é poeira de origem natural, ao invés da produzida pela queima de carvão ou outros combustíveis fósseis, destacou a pesquisa publicada na revista Science.

Visto que as emissões de poeira poderiam aumentar devido a condições meteorológicas cada vez menos úmidas e da seca e da desertificação provocada pelas mudanças climáticas, os esforços da América do Norte para deter a contaminação por si só não seriam suficientes, destacou o estudo. Ao contrário, disse, todas as nações devem trabalhar juntas para reduzir as emissões nocivas ao meio ambiente.

Os aerossóis importados poderiam prejudicar o meio ambiente, mediante a absorção da radiação do sol, alterando a formação de nuvens e os padrões de chuva e nevasca, assim como acelerando o degelo da neve nas montanhas do oeste dos Estados Unidos, reportou o estudo.



A investigação se baseou em dados de um satélite de Estados Unidos e França para vigilância do meio ambiente, chamado CALIPSO, que permitiu aos cientistas identificar quais partículas de pó eram naturais e quais tinham origem contaminante.

A equipe de cientistas foi integrada por especialistas da Universidade de Maryland (leste), do centro da Nasa Goddard Space Flight Center e da Associação de Universidades para a Pesquisa Espacial (USRA, na sigla em inglês), em Maryland.

"Para mitigar os efeitos dos aerossóis sobre a mudança climática regional, as ações de uma única nação são insuficientes. O mundo deve trabalhar em cooperação e agir em sincronia para enfrentar os desafios da saúde mundial em um planeta em transformação", destacou o estudo.

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