Ciência e Saúde

Olimpíadas podem virar inspiração para pessoas que não praticam esportes

postado em 06/08/2012 08:18
; Augusto Pio

O nadador norte-americano Michael Phelps se tornou nos Jogos de Londres o maior atleta da história das Olimpíadas. Detentor de 22 medalhas, possui 18 de ouro, duas de prata e duas de bronze
Belo Horizonte ; A prática de exercícios físicos é recomendada há muito tempo, porém, objetivamente, faz apenas 60 anos que a medicina e outras áreas relacionadas à saúde vêm demonstrando cientificamente os benefícios de uma vida ativa. Atualmente, o papel do exercício físico, tanto na prevenção de doenças como no seu tratamento, tem sido amplamente demonstrado por meio de estudos nessa área. Para o cardiologista Marconi Gomes da Silva, diretor científico da Sociedade Mineira de Medicina do Exercício e do Esporte (SMEXE), o aumento na renda, a industrialização e a globalização têm ocasionado mudanças econômicas e sociais favoráveis no Brasil. ;Entretanto, observa-se também um crescimento no consumo de alimentos não saudáveis e da inatividade física. A prevalência de homens com sobrepeso no Brasil subiu de 18,6% em 1974 para 50,1% em 2008 e, de uma forma geral, em todo o mundo, o sedentarismo está presente em mais de 30% da população, atingindo valores superiores a 50% em determinados países. A inatividade física aumenta com a idade e é mais frequente em mulheres do que nos homens;, alerta.

O especialista acredita que as emoções dos Jogos Olímpicos de Londres e a expectativa para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 podem servir de incentivo para o brasileiro abandonar o sedentarismo e dar início a uma atividade física programada. ;Mas isso não quer dizer que a mesma prática deva ser seguida por todas as pessoas. Esportes realizados nesse nível de competição (dos Jogos) demandam uma equipe multiprofissional, muito tempo de treino e de recuperação, alimentação orientada por nutricionistas especializados e não devem ser estendidos para a população de uma forma geral;, observa.

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