Paloma Oliveto
postado em 07/08/2012 08:00
Desde 1796, quando foi desenhada a primeira vacina da história da medicina, diversas doenças foram combatidas e tratadas pela imunização. Há alguns anos, cientistas tentam usar essa estratégia para lutar contra o câncer na expectativa de que o próprio organismo seja capaz de identificar as células doentes e, então, atacá-las. Um experimento realizado pela Universidade de Tübingen, na Alemanha, mostrou que a vacina pode ser eficaz no tratamento de tumores malignos renais. Em pacientes no estágio avançado da doença, a ativação do sistema imunológico aumentou a sobrevida e diminuiu os sintomas, sem provocar efeitos colaterais graves.Diferentemente das vacinas preventivas, as desenvolvidas contra o câncer não têm como objetivo proteger, mas tratar pessoas que já têm a doença. O princípio, porém, é semelhante: estimular o sistema imunológico a produzir, em massa, células de defesa que ataquem as malignas. No caso do câncer, uma das dificuldades para se chegar a uma substância eficaz é que, ao contrário das infecções por vírus e por bactérias, a doença é provocada pelo crescimento acelerado das próprias células do corpo; dessa forma, o organismo não consegue identificar o inimigo.