Ciência e Saúde

Exploração predatória pode destruir grande parte do santuário de Abrolhos

Marinella Castro/Encontro BH
postado em 08/08/2012 08:00
Belo Horizonte ; O arquipélago de Abrolhos, paraíso que atrai visitantes de todo o mundo, conhecido por suas ilhas de águas cristalinas e recifes de corais coloridos, abriga a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul e a maior variedade de recifes de toda a costa brasileira. Mas não é só isso. Em um grande mergulho no oceano, cientistas brasileiros mapearam a região que vai do norte do Espírito Santo ao sul da Bahia, descobrindo que Abrolhos guarda outras preciosidades. A região tem o maior banco de rodolitos do mundo, uma espécie de rocha construída a partir do crescimento de algas calcárias encontradas em águas rasas de 20m a 110m de profundidade. Ao mesmo tempo, o estudo alerta que esses grandes bancos submarinos, abrigo de milhares de organismos, estão ameaçados por ações predatórias e mudanças climáticas.

Os rodolitos estão no alvo da queima de combustíveis fósseis, que aumenta a acidez do mar; da má conservação das bacias hidrográficas, que afeta a qualidade da água; e também da exploração econômica do calcário. O grande mapeamento do banco de Abrolhos foi publicado recentemente na revista científica americana PloS One. Liderado por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e de outras cinco universidades brasileiras, contou com o financiamento da Conservação Internacional Brasil e de órgãos como o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro).

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