Ciência e Saúde

Pesquisa identifica o sistema que limpa as toxinas circulantes na cabeça

Uma falha nesse padrão pode levar ao acúmulo de substâncias como as placas beta-amiloides, associadas ao surgimento do mal de Alzheimer

Paloma Oliveto
postado em 16/08/2012 09:54
Ainda sem cura nem tratamento específico, o mal de Alzheimer começa a ser desvendado pela medicina. Nos últimos anos, pesquisas indicaram que a doença neurodegenerativa está associada ao acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro, mas ainda não se encontrou uma forma de varrê-la do órgão. Um estudo publicado na edição de hoje da revista Science Translational Medicine poderá ajudar a fazer essa faxina. Cientistas da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, desvendaram o mecanismo de limpeza do cérebro, até agora pouco conhecido. Eles também descobriram que uma falha no sistema aumenta o risco de acúmulo dos peptídeos que, no Alzheimer, intoxicam e matam os neurônios.



O organismo está em trabalho constante, com moléculas sendo sintetizadas, células nascendo e morrendo, linfócitos combatendo vírus e bactérias, e hemácias realizando trocas gasosas. Tudo isso deixa resíduos, que precisam ser destruídos para o bom funcionamento do corpo. Quem faz esse papel é o sistema linfático, uma complexa rede de estruturas que circulam pelos órgãos, levando nutrientes e, de volta, filtrando substâncias nocivas para que não entrem na corrente sanguínea.

Uma falha nesse padrão pode levar ao acúmulo de substâncias como as placas beta-amiloides, associadas ao surgimento do mal de Alzheimer

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