Bruna Sensêve
postado em 18/08/2012 08:00
A busca pela substância capaz de controlar o envelhecimento e, consequentemente, prolongar a vida percorre a história da humanidade. Em 1956, um cientista chamado Denham Harman ficou conhecido como o pai da teoria dos radicais livres. Segundo essa hipótese, o processo seria provocado por um acúmulo gradual de danos nas células, causados por moléculas de oxigênio altamente reativas: os radicais livres. Cientistas da Universidade de Michigan acabam de descobrir que, ao contrário do que pensava Harman, essas partículas também podem estar altamente concentradas ainda no início da vida, moldando e determinando por quanto tempo o ser, ainda em desenvolvimento, deverá sobreviver.A equipe da bióloga molecular Ursula Jakob mediu a quantidade de espécies reativas de oxigênio (eros), na qual se enquadram os radicais livres, em vermes Caenorhabditis elegans ; uma espécie muito usada como modelo na biologia, especialmente em pesquisas sobre o desenvolvimento. Dessa forma, os cientistas puderam identificar os processos que foram afetados pelo estresse oxidativo, estágio em que a quantidade de radicais livres é muito superior ao que o próprio organismo consegue se proteger naturalmente. Os pesquisadores observaram níveis de eros muito diferentes do imaginado durante a vida do animal. ;Nós esperávamos, com certeza, ver um aumento dos níveis de eros em animais mais velhos, mas a observação de que os muito jovens transitoriamente também produziram esses altos níveis de oxidantes veio realmente como uma grande surpresa;, declarou Daniela Knoefler, também autora do estudo.