Ciência e Saúde

Viver imune aos estereótipos pode ser uma maneira de combater preconceitos

postado em 21/08/2012 08:36
Natália se surpreendeu quando descobriu que o amigo Bruno é gay:
;Não julgue um livro pela capa.; O ditado, apesar de popular, dificilmente é seguido à risca. Afinal, livrar-se dos estereótipos ; atribuição de papéis, atividades, responsabilidades, poderes e necessidades dada a certos gupos de pessoas ; não é tarefa fácil. A vida, no entanto, pode reservar às pessoas encontros capazes de surpreender e colocar abaixo velhos preconceitos.

O estudante Bruno Silva, 19 anos, sabe muito bem como é viver sob o peso das expectativas alheias, e até já se acostumou com a cara de surpresa das pessoas quando revela ser gay. O motivo? O jovem não se parece muito com os gays que a mídia adora retratar: extrovertidos, fascinados por roupas coloridas e fãs de cantoras pop. ;Antes de assumir, eu era na minha, sério e fechado. Ainda sou um pouco assim. Eu também nunca fui muito efeminado. Não gosto de ouvir Madonna e Lady Gaga. Gosto de rock nacional, eletrorock e algumas coisas alternativas. Por isso, quando falei para amigos e familiares, todos ficaram surpresos;, descreve. ;No momento em que contei, o pessoal ficou com os olhos arregalados, perguntando se eu estava brincando. Nem as meninas acreditaram;, completa Bruno.



A amiga Natália Okamoto, 14 anos, foi uma das pessoas que ficaram ;chocadas; com a declaração. ;Ele não parecia em nada com os gays que conheço. Pensava que todo homossexual gostava de músicas pops, como Lady Gaga, e falava de uma maneira diferente;, conta a garota, que mantém uma forte amizade com o estudante.

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