Bruna Sensêve
postado em 21/08/2012 08:44
Vestígios humanos encontrados na cena do crime ou no corpo da vítima são recolhidos e levados para análise. As informações encontradas são apresentadas no tribunal a uma plateia atenta. Os jurados, convencidos pelas explicações de cientistas, condenam o réu. Comparações de impressões digitais, exames em fios de cabelo e análises de DNA são constantemente usados em tribunais por parecerem inquestionáveis, principalmente aos olhos de leigos. Porém, algumas vezes, essas evidências podem levar a erros. Preocupados com a gravidade das consequências de equívocos desse tipo, cientistas forenses norte-americanos pedem a padronização dos procedimentos e mais consideração a um princípio básico da ciência: a dúvida.Desde o início de fevereiro de 2009, a ciência forense não validada ou imprópria contribuiu para a condenação injusta de pelo menos 116 pessoas nos Estados Unidos. Os casos foram apresentados no 244; Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química por uma equipe de advogados e cientistas do Innocence Project (Projeto Inocência), que busca, na utilização ou na revisão de exames de DNA, a exoneração de pessoas presas por crimes que não cometeram. Mais de 50% das primeiras condenações injustas invalidadas pelo projeto envolviam a má aplicação da ciência forense.
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