Ciência e Saúde

Estados Unidos enfrentam uma epidemia da febre do Nilo Ocidental

Paloma Oliveto
postado em 25/08/2012 08:00
O tradicional cenário do verão dos EUA com turistas de camisa havaiana se refestelando na Flórida, ganhou um personagem que assusta o país: o vírus da febre do Nilo Ocidental. Uma epidemia da infecção, que pode provocar encefalite e até matar, já chegou a 47 dos 50 estados americanos, com metade dos 1.118 casos concentrados no Texas. Até ontem, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) reportava 41 mortes provocadas por um micro-organismo que, sazonalmente, atinge o país, mas, neste ano, está mais agressivo. No Brasil, não há registros.

O pesquisador Pedro Vasconcelos, chefe do Departamento de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas, explica que a série histórica elaborada pelo CDC sinaliza que, nos EUA, o número de infecções tem se mantido estável. ;Agora, o que está acontecendo é um aumento de mortes e casos graves;, explica. Os sintomas da doença transmitida por mosquitos do gênero Culex, pertencentes à família dos flavivírus, variam bastante e podem nem mesmo se manifestar (veja ilustração). Neste verão, porém, 56% das infecções culminaram em doenças neuroinvasivas, como meningite e encefalite. ;À medida que o vírus se adapta ao hospedeiro, a tendência é aumentar a gravidade. Ele pode, por exemplo, desenvolver mutações;, afirma Vasconcelos.

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