postado em 26/08/2012 07:35
Marte era, segundo a cultura da Roma Antiga, o deus da luta, a quem se recorria em tempos de guerra. Por isso, o nome da divindade pareceu apropriado para batizar o planeta de cor avermelhada. Séculos depois, o corpo celeste volta a estar relacionado a uma disputa, só que de caráter científico. Assim como ocorreu com a órbita terrestre e a Lua nas décadas de 1950 e 1960, as maiores potências mundiais correm para conquistar o vizinho da Terra. Máquinas cada vez mais modernas, preparadas para suportar às condições climáticas do astro, são projetadas e enviadas para estudá-lo. E há aqueles que ambicionam mais: levar pessoas até o Planeta Vermelho.Nas últimas semanas, Marte ganhou atenção internacional graças a um robô construído pela Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. Mas o Curiosity, que pousou em solo marciano no início do mês, não foi a primeira máquina a ser enviada até o corpo rochoso, e está longe de ser a última. Em breve, o jipe americano deve ter companhia. Rússia, União Europeia, Índia, China e até uma empresa holandesa já anunciaram missões. ;Marte é explorado desde a década de 1960 e, de tempos em tempos, surge um novo entusiasmo em relação a ele. Em grande parte, esse interesse se deve ao fato de que o planeta pode ter abrigado vida há bilhões de anos;, explica José Leonardo Ferreira, doutor em ciências espaciais e professor do Instituto de Física da Universidade Brasília (UnB).
