postado em 28/08/2012 09:41
Na Grécia Antiga, estigma era um termo bastante utilizado para se referir a sinais corporais que indicavam a condição moral de uma pessoa. Escravos, criminosos e outros cidadãos com problemas na Justiça tinham o corpo marcado para que, assim, as pessoas pudessem reconhecer e evitá-los. Hoje, a expressão tem nova leitura. No lugar de marcas corporais, o julgamento social, que recai, por exemplo, sobre gostos musicais e literários. Às vezes, com efeitos que levam as admirações polêmicas ao retraimento.
Para a universitária Júlia Mesquita, 20 anos, as brincadeiras que as pessoas faziam, inclusive da família, sobre suas preferências musicais a fizeram esconder, por um tempo, a paixão pela banda Fresno. ;Fui fã da Dulce María (que interpretava a personagem , uma das protagonistas da novela mexicana Rebelde). Foram quase nove anos acompanhando a trajetória dela. Mas eu não ligava muito para o que os outros diziam e acabei me afastando por decepção. Um pouco depois, eu conheci a banda Fresno e me apaixonei. Mas, para evitar as piadinhas, não falava que gostava deles;, conta a estudante.
