Carmen Souza
postado em 15/09/2012 08:00
Medellín (Colômbia) e Brasília ; A suspeita levantada por um pneumologista deu início a uma contagem fúnebre na saída do hospital. ;Depois de ser curada de uma pneumonia, na hora da alta, ele disse achar que eu tinha hipertensão arterial pulmonar (HAP). Cheguei em casa, fiquei quatro dias lendo sobre a doença na internet e prevendo em quanto tempo iria morrer;, conta Iara Maria da Silva. Foram oito meses de angústia até a confirmação do mal raro, no ano passado. Hoje, aos 43 anos e há quase 10 meses em tratamento, a atriz e artesã, moradora de Taguatinga, acorda guiada por uma nova sentença: ;É meu desafio diário. Quero mostrar que existe vida após o diagnóstico dessa doença;. Empreitada também compartilhada por médicos e cientistas.Os especialistas enfrentam um mal de origem complexa e tratamentos recentes (veja arte). Até 1996, não havia medicamentos contra a HAP. Hoje, há sete em todo o mundo, mas com resultados limitados. ;Falamos de uma doença que, mesmo com a combinação de drogas, tem índice de mortalidade de 25% a 45% em três anos;, observa Rogério de Souza, um dos principais pesquisadores da enfermidade no país e responsável pelo Grupo de Hipertensão Pulmonar do Serviço de Pneumologia do Instituto do Coração (Incor), da Universidade de São Paulo (USP).
[SAIBAMAIS]