postado em 21/09/2012 08:31
Nos últimos séculos, o homem venceu importantes batalhas no campo da saúde. Conseguiu erradicar a varíola, a poliomielite e outras tantas doenças. Encontrou remédios que curam a antes temida tuberculose e vacinas contra vários tipos de gripe, doença que no passado dizimou milhões de pessoas. Se no caso das doenças infeciosas a medicina conseguiu um imenso sucesso, agora um novo desafio se apresenta: contornar as doenças não transmissíveis. Alzheimer, câncer, desnutrição, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, tabagismo são alguns dos males que assumiram a liderança nas causas de mortes de pessoas em todo o mundo. A solução definitiva para os problemas os pesquisadores ainda não têm, mas já sabem de uma coisa: os alimentos serão uma arma fundamental nessa guerra. Pelo menos é o que diz um especial publicado na edição de hoje da revista científica Science.
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2002, as doenças não transmissíveis eram responsáveis por cerca de 47% das mortes no mundo. Enfermidades contagiosas e acidentes representavam 14% e 12%, respectivamente. Para 2030, a projeção é de que os males que não são contagiosos ganhem ainda mais expressão. Eles representarão 57% das causas de mortalidade no planeta, chegando a 90% nos países desenvolvidos, onde problemas como malária, dengue e outras doenças letais transmissíveis não são frequentes. A OMS prepara um relatório atualizado sobre o tema a ser lançado ainda neste ano.