Ciência e Saúde

Pais tentam fazer filhos largarem celulares e tevês para brincar em grupo

postado em 02/10/2012 09:13
Victor vai todas as tardes a uma academia que estimula o desenvolvimento cognitivo por meio de brincadeiras
;Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar ;;. A cantiga popular faz parte de uma das brincadeiras mais antigas e conhecidas pelos brasileiros, mas que tem caído cada vez mais no esquecimento, apesar dos benefícios comprovados. O simples ato de cantar dando as mãos a outras crianças, dizem especialistas, é um importante exercício cognitivo e social para o desenvolvimento infantil. Há tempos, porém, os adventos tecnológicos trazem novos tipos de jogos e oportunidades de distração, tornando as brincadeiras tradicionais pouco atrativas para meninos e meninas.

Sandra Jimena, 38 anos, sabe muito bem disso. Mãe da pequena Bruna, de 5 anos, ela tenta estimular a filha a largar o iPad, ;mas é uma guerra;: ;Ela tem um irmão de 11 anos que é viciado em videogame. Eu procuro estimulá-la. Tento fazer com que brinque de amarelinha, pule corda e faça uma boneca de pano, que eu mesmo ensino a montar;, conta. As lojas de brinquedo dificultam o processo de convencimento. ;Não encontramos pião de madeira, por exemplo. Ele é eletrônico. A Barbie vem estilizada. Não temos a opção de montar a boneca;, reclama Sandra. As cores, sons e facilidades da tecnologia também atrapalham. ; Vejo que ela brinca um pouco no quintal de amarelinha e vai brincar no iPad, que tem muita cor e música.;



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