postado em 09/10/2012 08:24
Antes mesmo de falar, Lorenzo cantava. ;Àquela época, eu até assustei porque foi um canto bonito e afinado;, lembra Áurea Daia Barreto, a mãe do menino de 9 anos. Aos 3, Lorenzo foi apresentado à musicoterapia como uma forma de enfrentamento ao autismo. Desde então, ;não vive sem um instrumento na mão;. As sessões são guiadas pela atenção e pelo interesse que ele demonstra por instrumentos de percussão espalhados dentro de uma sala colorida. Nesse universo musical, o garoto dedica o tempo a quase todos os objetos dispersos no chão e, assim como diz a mãe, prova que já nasceu com uma certa inclinação à sonoridade. O que parece uma grande brincadeira é uma terapia que está se mostrando eficaz no desenvolvimento de Lorenzo.
;O principal objetivo desse trabalho é conseguir a atenção compartilhada;, considera Clarisse Peres, que trabalha na área de musicoterapia e autismo há cinco anos. ;A música sempre convoca uma interação. De modo geral, não dá para fugir do apelo da música. Deixar de ouvir é muito difícil. A música tem essa capacidade de chamar a atenção. Nesse sentido, para crianças que têm tendência a ficarem isoladas, as chances de conseguirem contato aumentam bastante.; Na casa de Lorenzo, o trabalho com a música continua. Áurea acompanha as ideias do filho, interage com ele diariamente e se orgulha dos avanços conquistados. ;No Dia das Mães, ele fez uma apresentação na escola e tocou o bangô, que é o instrumento preferido dele;, lembra.
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Confira um vídeo que apresenta o trabalho desenvolvido pela musicoterapeuta Clarisse Prestes