Carolina Cotta
postado em 19/11/2012 08:20
Belo Horizonte ; Dor de dente sempre foi sinal de incômodo. A novidade do tema é a identificação do grupo de pessoas com maior probabilidade de desenvolver o sintoma, que atinge um quarto da população brasileira e 40% dos adultos dentados. Indivíduos pardos ou negros, com baixa escolaridade e renda são os que apresentam maiores efeitos da dor que tem origem nos tecidos inervados do dente ou nas estruturas adjacentes. Trata-se de um fenômeno complexo que envolve componentes neurológicos, fisiológicos e psicológicos, e traz como principais consequências o nervosismo e a dificuldade para comer.A descrição do grupo de risco para a dor de dente é resultado da pesquisa de Aline Mendes Silva de Pinho para sua tese de doutorado em odontologia social e coletiva pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O trabalho Determinantes da dor de dente e o impacto na vida diária de indivíduos residentes em Betim (MG) revela como esse tipo de dor ainda causa sofrimento, constrangimentos psicológicos e privações sociais, acarretando prejuízos em nível individual e coletivo que geram impacto negativo no desempenho de atividades diárias e na qualidade de vida dos adultos brasileiros.