Agência France-Presse
postado em 21/11/2012 18:30
Quito - A morte, há cinco meses, de George Solitário, uma tartaruga gigante das ilhas Galápagos, não representou a extinção de sua espécie, como se acreditava, revelou um estudo que descobriu genes deste exemplar em 17 indivíduos, informou esta quarta-feira (21/11) a direção da reserva natural equatoriana.A morte do quelônio, em 24 de junho, "não representa o fim da espécie de tartarugas gigantes (;Chelonoidis abingdonii;) da ilha Pinta", de onde era originário Jorge, destacou a Direção do Parque Nacional de Galápagos (DNPG), em um comunicado.
Segundo o informe, uma pesquisa realizada em conjunto com a universidade americana de Yale "demonstra a existência de 17 tartarugas com ascendência da ilha Pinta, que habitam o vulcão Wolf, da ilha Isabela". "O estudo identificou nove fêmeas, três machos e cinco jovens com genes da espécie de tartarugas gigantes da ilha Pinta, depois de analisar mais de 1.600 amostras coletadas no ano 2008 no vulcão Wolf", destacou a DNPG.
De acordo com os cientistas, a "descoberta marca o primeiro passo rumo à recuperação da espécie ;Chelonidis abingdonii;, por meio de um programa de reprodução e criação em cativeiro, opção que é avaliada pela DPNG". George, uma tartaruga centenária, era considerado o último representante de sua espécie e sua morte por causas naturais ocorreu após décadas de esforços científicos para conseguir a sua reprodução.