Ciência e Saúde

Ingestão contínua de medicamento pode comprometer saúde de esquizofrênicos

postado em 18/12/2012 09:51
Considerado um gênio da matemática, John Forbes Nash começou a mostrar sinais de esquizofrenia em 1958, quando estudava. Logo depois, foi diagnosticado com esquizofrenia paranoica, depressão e baixa autoestima. Os medicamentos antipsicóticos prescritos nos hospitais psiquiátricos em que o matemático se internou não surtiram efeito. Depois da frustração vivenciada pela falta de resultados, ele parou completamente com a medicação e começou a se recuperar do mal gradativamente. A história de Nash, retratada no filme Uma mente brilhante, repete-se com certa frequência. A doença mental devastadora afeta 1% da população mundial, sendo que 30% dos pacientes não respondem aos tratamentos disponíveis. Com o objetivo de verificar a razão de a eficácia dos antipsicóticos ser comprometida, pesquisadores da Escola de Medicina de Mount Sinai, nos Estados Unidos, analisaram fatores externos e epigenéticos, aqueles que resultam em mudanças funcionais na maneira como os genes se expressam, envolvidos na resistência ao tratamento padrão da esquizofrenia. Eles descobriram que, com o tempo, uma enzima do cérebro dos pacientes com o transtorno psiquiátrico começou a compensar as mudanças químicas causadas pela ingestão prolongada dos medicamentos, resultando em uma redução na eficiência do remédio.

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