Ciência e Saúde

Para jovens, falar sobre sexo e drogas com os pais é quase proibitivo

Carolina Lenoir
postado em 25/12/2012 08:45
Belo Horizonte ; As principais mudanças durante a adolescência ocorrem no cérebro, principalmente na área responsável pelo planejamento a longo prazo, pela linguagem, pelo controle das emoções e pelo relacionamento social. As transformações trazem tanto excitamento quanto angústia, e as experiências de cada um variam de acordo com as características da geração, do ambiente, da cultura e das relações. Nesse processo, um tema que é essencial, mas permanece difícil de ser tratado com naturalidade em família, é a sexualidade. Para evitar informações equivocadas e experiências malsucedidas, uma conversa franca e sem neuras sobre sexo entre pais e filhos faz toda a diferença.



Cynthia Dias Pinto Coelho, psicóloga clínica com formação em sexologia, explica que existe uma demanda individual sobre quando e como falar sobre sexo, mas é possível perceber alguns sinais que indicam que o momento está próximo, sejam mudanças corporais características da entrada na puberdade, sejam comportamentos diferentes do usual. Porém, falta aos pais, por dificuldades pessoais ou mesmo a correria do dia a dia, entender o que os filhos estão vivendo. ;É preciso construir uma intimidade que não é brusca, e sim conquistada na rotina, para que os filhos sintam liberdade para tirar dúvidas e ter experiências menos angustiantes e traumáticas.; De acordo com a psicóloga, o objetivo de ter conversas naturais sobre a sexualidade é o de formar pessoas com mais respeito ao próprio corpo e capazes de se relacionar de forma segura e amorosa.

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