Bruna Sensêve
postado em 05/01/2013 07:00
O primeiro medicamento oral para tratar a disfunção erétil foi aprovado em 1998 pela Food and Drug Administration (FDA), a agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos. E causou impacto tão grande para os homens quanto a pílula anticoncepcional para as mulheres. Ganhou o apelido de diamante azul e pelo menos quatro similares no Brasil. Ainda assim, não foi capaz de ampliar o debate e os cuidados acerca da disfunção erétil. Uma década e meia depois do lançamento de um dos remédios mais famosos da história, a grande maioria dos doentes continua sofrendo calada com os problemas. Urologistas estimam que 90% dos homens que sofrem com a disfunção erétil preferem não procurar o consultório médico nem mesmo conversar com a companheira sobre o assunto.Segundo o urologista Alain Dutra, do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, o homem tem muita dificuldade em lidar com algo que ele considera, equivocadamente, ser uma vulnerabilidade ou até mesmo uma falta de virilidade. Até os 40 anos, a principal causa do problema tem origem psicológica, mas, a partir daí, o problema passa a ser na maioria das vezes orgânico (veja infografia). De acordo com pesquisa feita pelo Projeto Sexualidade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), dos quase 3 mil brasileiros analisados em 18 capitais, 45,1% apresentaram diferentes graus de disfunção erétil.