Paloma Oliveto
postado em 11/01/2013 07:00
Dói, incomoda e pode deixar cicatriz. Mesmo assim, a inflamação é um processo benéfico; sinal de que o corpo está lutando para restabelecer a ordem, que, por algum motivo, foi alterada. Pode ser a resposta a um corte infeccionado ou a uma forte pancada. Normalmente, os sintomas conhecidos, como inchaço e febre, passam depois de horas ou de poucos dias. Mas há um outro lado desse mecanismo de defesa e proteção. Por motivos ainda não completamente desvendados, a inflamação torna-se crônica e destrói os tecidos, contribuindo para uma série de doenças graves, como artrite reumatoide, câncer, diabetes e males neurológicos.Na edição de hoje, a revista Science traz um especial sobre a inflamação crônica, indicando que ainda é preciso muita pesquisa para se alcançar estratégias de tratamento realmente eficazes. O arsenal disponível ainda não é capaz de combatê-la, muitas vezes porque não se sabe exatamente o que estimula o processo nos casos de doenças graves. ;Já se descobriu que, por trás de um grande número de males devastadores, como Alzheimer e diabetes, há um importante componente inflamatório. Mas a identidade do fator que o deflagra costuma ser desconhecida;, admite Ira Tabas, vice-diretor do Departamento de Medicina da Universidade de Columbia e autor de um dos artigos publicados na Science.