Agência France-Presse
postado em 24/01/2013 09:27
Cientistas britânicos afirmaram esta quarta-feira (23/1) que haviam desenvolvido vagões de trem que poderão reduzir mortes e ferimentos em caso de ataques terroristas, usando vidros cobertos com plástico e medidas para evitar fragmentos. O centro de pesquisas do The New Rail, da Universidade de Newcastle, analisou os vagões atingidos nos atentados de 7 de julho de 2005 no metrô de Londres, que mataram 56 pessoas, e fez uma explosão de teste em um vagão em desuso para estudar o impacto em sua estrutura.O projeto SecureMetro, com três anos de duração, se focou em conter o impacto da explosão e reduzir os destroços, que são a principal causa de morte e ferimentos em tais explosões e um obstáculo para os serviços de emergência que tentam chegar aos passageiros feridos.
Os cientistas do projeto financiado pela União Europeia explodiram um vagão do metrô desativado e estudaram a forma como a onda de choque se propagou no compartimento para compreender como as estruturas reagiriam. Em seguida, recorreram a câmeras com capacidade de filmar em alta velocidade para examinar a explosão em câmera lenta. "Substituir a montagem dos vagões de metrô não é considerável. Nós concebemos tecnologias e materiais que incorporamos aos vagões existentes para melhorar" sua proteção, explicou o encarregado do projeto, Conor O;Neill.
"Painéis fixados no teto permitiram reduzir o risco de morte e ferimentos ao limitar consideravelmente a projeção de destroços", explicou. Além disso, "o revestimento plástico nas janelas que nós desenvolvemos também foi incrivelmente eficaz. Sem ele, as janelas teriam se quebrado e projetado estilhaços para fora", podendo ferir os passageiros, acrescentou. "Com o revestimento plástico, vimos claramente a onda de choque se deslocar no trem, mas as janelas ficaram intactas", afirmou, acrescentando que mesmo que uma bomba detonada em um trem seja sempre devastadora, estes materiais podem "salvar vidas, além de reduzir o interesse dos terroristas pelas vias férreas", concluiu.