Luciane Evans
postado em 04/02/2013 12:21
Belo Horizonte ; De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), adolescente é o jovem com idade entre 15 e 24 anos. Já para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) brasileiro, a adolescência é a faixa de quem tem mais de 12 anos até os 18 incompletos. Mesmo diante dessa indefinição de faixa etária para caracterizar o jovem, a odontologia está prestes a quebrar um antigo tabu. Se durante muitos anos fazer um implante dentário em jovens que perderam dentes era proibido ; já que esses pacientes estão em crescimento e uma prótese fixa poderia comprometer a arcada dentária ;, hoje o procedimento começa a ser visto de outra forma. Muitos profissionais defendem que é preciso avaliar além do aspecto cronológico, o que daria a oportunidade para uma menina de 15 anos se submeter a uma cirurgia, por exemplo. Mas há dentistas que resistem e temem os perigos que a mudança pode causar nos consultórios.
De acordo com Ricardo Vadenal, coordenador de cursos de especialização em implantodontia da Facsete nas unidades de São Paulo, de Porto Alegre e de Goiânia, o dano psicológico de um jovem que perde os dentes permanentes pode ser mais grave que o risco de fazer um implante dentário seguro, obedecendo a todos os critérios biológicos. ;Os dentistas hoje não fazem o procedimento porque têm receio de que, ao aplicá-lo em um paciente com menos de 18 anos, a arcada dentária ainda esteja em crescimento. Isso poderia causar deformações na estrutura osseobucal. Um implante é como um poste de concreto, uma vez instalado não se pode removê-lo;, comenta.
