Paloma Oliveto
postado em 10/02/2013 07:00
Um dos medicamentos mais consumidos no mundo ; são 100 bilhões de comprimidos comprados a cada ano ;, o ácido acetilsalicílico costuma ser receitado para portadores de doenças cardiovasculares. Inúmeros estudos já comprovaram que a aspirina é um fator de proteção contra infarto e derrame. Além disso, pesquisas recentes têm demonstrado que ela pode ser uma aliada no combate a outras doenças, como alguns tipos de câncer. Se os benefícios são grandes, contudo, não se pode esquecer dos efeitos colaterais. Um deles é o aumento no risco de desenvolvimento da degeneração macular relacionada à idade, condição caracterizada pela perda da visão central.Em um artigo publicado recentemente na revista da Associação Médica Americana (Jama), pesquisadores australianos relataram que, entre pessoas que tomam o remédio há mais de 10 anos na frequência de uma ou mais vezes por semana, a incidência da forma exsudativa, também chamada de úmida, é maior (veja infográfico). A comparação foi feita com indivíduos da mesma faixa etária ; entre 63 e 68 anos ; que não fazem uso contínuo do medicamento. Essa não é a primeira vez que a aspirina é associada ao problema: pesquisas anteriores já haviam constatado essa relação. Especialistas, contudo, advertem que o resultado não deve ser motivo de preocupação. Os próprios autores do artigo publicado no Jama admitem que a aspirina reduz em 20% a recorrência de infartos e derrames e que parar de tomá-la por causa da pesquisa pode trazer mais danos do que vantagens.