Marcela Ulhoa
postado em 14/02/2013 06:08
Em todo o mundo, é possível constatar profundas modificações na natureza que acabam por desequilibrar o ecossistema. A diminuição da biodiversidade, ou seja, da variedade de formas de vida no planeta, é uma delas. Recentemente, a alteração no número de espécies animais e vegetais começou a ser relacionada também ao risco de contração de doenças entre os seres vivos. Em artigo publicado na revista Nature de hoje, pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, mostram fortes evidências de como a queda na diversidade deixa os bichos mais vulneráveis.
[VIDEO1]
Na pesquisa, os cientistas comprovam que, quanto maior o número de espécies de anfíbios em uma lagoa, maior é a proteção da comunidade de rãs, sapos e salamandras contra uma infecção parasitária que pode causar deformidades graves, como o desenvolvimento de pernas extras. Por mais de três anos, os especialistas estudaram 345 áreas úmidas da região da Califórnia e constataram que cerca de 25% dos sapos apresentavam malformação dos membros. Foi então que começaram a buscar as causas para o fenômeno e as possíveis implicações para a sobrevivência das espécies nesses locais. ;Queríamos entender a ecologia comunitária da doença, ou como a diversidade de espécies no ambiente altera o risco de disseminação de uma doença. Os anfíbios são um grupo particularmente importante, pois são conhecidos marcadores da conservação ambiental;, relata Pieter Johnson, principal autor do estudo.