Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Mudanças nos refeitórios constroem habitos alimentares melhores

Estudo nos EUA mostra que simples alterações na merenda escolar podem convencer os alunos a comerem melhor

O combate à obesidade infantil nos Estados Unidos ; intensificado, nos últimos anos, desde que a primeira dama, Michelle Obama, abraçou a causa ; é baseado principalmente em obrigações e estratégias legais que garantam o abastecimento de lanchonetes e refeitórios escolares com alimentos frescos e nutritivos. No entanto, o aumento da disponibilidade de frutas, vegetais, sucos naturais e leite nas cantinas não significou uma melhora na dieta dos estudantes. A preferência por refrigerantes, pizzas, hambúrgueres, tacos e batatas fritas se manteve quase intacta. Em outras palavras, os alimentos saudáveis só chegaram aos olhos das crianças e dos adolescentes, não à boca. É como diz o lema adotado pelos pesquisadores Andrew Hanks, David Just e Brian Wansink, da Universidade de Cornell, em Nova York: ;Para ser nutritivo, é preciso ser engolido;.



O trio é responsável por uma estratégia que se mostrou surpreendentemente eficaz em convencer alunos americanos a escolherem opções saudáveis na hora do lanche. E o melhor: a transformação realizada nos refeitórios escolares pode ser feita em menos de três horas e por menos de US$ 50 (cerca de R$ 98). Os resultados positivos alcançados pelo grupo, que trabalha no Centro Cornell de Economia Comportamental em Programas de Nutrição Infantil, estão publicados no Jornal de Pediatria dos EUA.

Estudo nos EUA mostra que simples alterações na merenda escolar podem convencer
os alunos a comerem melhor