Ciência e Saúde

Cientistas desenvolvem composto que estimula produção de tecidos cardíacos

Cientistas da Áustria desenvolvem composto sintético que estimula a produção de células cardíacas para repor tecidos danificados. No futuro, a técnica poderá substituir o transplante

Paloma Oliveto
postado em 09/03/2013 06:05
Depois de testar diversas substâncias relacionadas à diferenciação celular, os pesquisadores chegaram a um método rápido e, segundo eles, eficaz

Corações partidos são difíceis de serem emendados. Quando ferido, o órgão tem grande dificuldade de se recuperar porque a capacidade de regeneração das células que formam o músculo cardíaco é bastante limitada. Geralmente, a última opção de pacientes com danos graves é o transplante, mas, além da falta de disponibilidade de órgãos, há o risco de rejeição. Cientistas da Universidade Tecnológica de Viena acreditam que o problema poderá ser resolvido dentro do laboratório. Em testes realizados com ratos, eles conseguiram induzir células-tronco adultas a se transformarem em tecido do coração. O resultado abre possibilidade para terapias futuras mais acessíveis e seguras.

O principal autor do estudo, Marko Mihovilovic, explica que pesquisas anteriores já haviam obtido tecidos cardíacos a partir de células-tronco, mas ainda não se conhecia o mecanismo molecular exato que permite a uma célula indiferenciada se especializar. Depois de quase uma década de experimentos no laboratório do Instituto para Química Sintética Aplicada da universidade, Mihovilovic conseguiu sintetizar a substância responsável por desempenhar esse papel. De acordo com ele, o novo composto é mais eficiente do que qualquer outro método já testado. ;Caso os resultados se confirmem em humanos, um medicamento personalizado, feito com as próprias células do paciente, poderá salvar muitas pessoas, além de melhorar infinitamente a qualidade de vida de quem sofre de doenças cardíacas;, afirma.

Cientistas da Áustria desenvolvem composto sintético que estimula a produção de células cardíacas
para repor tecidos danificados. No futuro, a técnica poderá substituir o transplante

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