Ciência e Saúde

Estudo diz que vírus comum aumenta chances de desenvolver transtorno mental

A associação de genes defeituosos e infecção provocada pelo vírus cresce em cinco vezes os riscos de um indivíduo nascer com esquizofrenia

Paloma Oliveto
postado em 15/03/2013 09:25
Um dedicado e pacato pai de família começa a ser atormentado por uma organização criminosa que lê seus pensamentos. Abandonado pela mulher, encontra abrigo em uma paróquia, onde trabalha como faxineiro. Um dia, vozes o mandam exterminar pecadores, e ele se transforma em um assassino em série. Depois de uma avaliação psiquiátrica, um perito do FBI desconfia que as alucinações auditivas que afetam o homem têm causa orgânica. O resultado dos exames não deixam dúvidas: ele sofria de sífilis, que, avançada, havia destruído boa parte de seu cérebro, levando-o a um estado de delírio permanente.



[SAIBAMAIS]A história é fictícia e foi enredo de um dos episódios do seriado policial Law & order ; Special victims unit. Contudo, a ideia de que uma infecção viral possa desencadear esquizofrenia não é fantasiosa. Cientistas acreditam que, além da genética, fatores ambientais estão por trás do distúrbio mental que afeta 1 milhão de pessoas em todo o mundo. Quando as duas variantes se juntam, o resultado é quase certo. De acordo com um estudo publicado na revista Biological Psychiatry, a associação de genes defeituosos e infecção provocada pelo citomegalovírus, o tipo mais comum transmitido entre humanos, aumenta em cinco vezes os riscos de um indivíduo nascer com a doença. Apesar de os primeiros sinais se manifestarem na juventude, acredita-se que, na maioria dos pacientes, o distúrbio fique latente até os sintomas surgirem.

A associação de genes defeituosos e infecção provocada pelo vírus cresce em cinco vezes os riscos de um indivíduo nascer com esquizofrenia

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