Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Cientistas 'curam' neurônios de ratos que desenvolveram mal de Alzheimer

A pesquisa deve levar, no futuro, a tratamentos contra a enfermidade. Relatório diz que casos de demência afetam um em cada três idosos nos EUA

Talvez não exista um adversário tão difícil para a medicina hoje quanto o mal de Alzheimer. A doença, que destrói os neurônios e provoca a perda progressiva da memória e de outras funções cognitivas, não para de afetar mais e mais pessoas, sem que os cientistas consigam entender por que e como ela surge. Lutando quase no escuro, os cientistas veem o inimigo avançar. Segundo relatório divulgado esta semana pela ONG Alzheimer;s Association, um em cada três idosos morrem com a doença ou algum outro tipo de demência nos Estados Unidos.



[SAIBAMAIS]Estudo realizado no Instituto para Neurociência Max Planck Florida lança uma promissora luz nesse campo de batalha. Um grupo de cientistas da instituição descobriu que a produção descontrolada de uma proteína ligada ao desenvolvimento inicial dos neurônios leva à destruição das células cerebrais. Em um experimento feito com fragmentos de cérebros de ratos, eles conseguiram interromper a produção desse componente e fazer com que os neurônios voltassem ao aspecto e ao funcionamento normais. Em outras palavras, o mal de Alzheimer regrediu.