Ciência e Saúde

Falta de saneamento propicia doenças gastrointestinais com custo elevado

Além do sofrimento e das mortes que causam, as doenças gastrointestinais cobram um preço alto ao país. O SUS desembolsa R$ 140 milhões por ano com os males, que também afastam muitos trabalhadores do serviço, aponta pesquisa

postado em 25/03/2013 08:43
; Augusto Pio
Além do sofrimento e das mortes que causam, as doenças gastrointestinais cobram um preço alto ao país. O SUS desembolsa R$ 140 milhões por ano com os males, que também afastam muitos trabalhadores do serviço, aponta pesquisa

Belo Horizonte ; O Brasil registra quase 400 mil internações por diarreia todo ano, sendo que, do total de pacientes, 35% são crianças menores de 5 anos, segundo dados do Ministério da Saúde referentes a 2012. Cerca de 14% dos atendimentos (54.339) ocorreram nas cidades avaliadas na pesquisa Ranking do Saneamento 2012, feita pelo Instituto Trata Brasil, que verificou o abastecimento de água, o lançamento e o tratamento de esgoto e o acesso à água potável dos municípios, com base nos dados oficiais do governo brasileiro divulgados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 2010 (Snis). No mundo, são aproximadamente 4,6 bilhões de casos de diarreia por ano. O estudo, compilado em 2012, contemplou os 100 maiores municípios brasileiros em população, no período de 2008 a 2011.

Os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com as doenças gastrointestinais apontam outra razão para se atentar à questão: além de um número elevado de pessoas doentes, os custos das doenças chegam à casa dos R$ 140 milhões anualmente. E não é só isso: por ano, 217 mil trabalhadores precisam se afastar de suas atividades devido ao problema. A cada afastamento, perdem-se 17 horas de trabalho. Considerando o valor médio da hora de trabalho no país (R$ 5,70) e apenas os afastamentos provocados pela falta de saneamento básico, os custos chegam a R$ 238 milhões por ano em horas pagas e não trabalhadas.

Além do sofrimento e das mortes que causam, as doenças gastrointestinais cobram um preço alto ao país. O SUS desembolsa R$ 140 milhões por ano com os males, que também afastam muitos trabalhadores do serviço, aponta pesquisa

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