postado em 25/03/2013 16:59
São Paulo - Desde janeiro, a tecnologia está sendo uma aliada no controle da tuberculose dos doentes de Ribeirão Preto (SP). Um aplicativo para smartphone, desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), permite que agentes de saúde armazenem informações sobre os pacientes para alimentar um banco de dados sobre o tratamento da tuberculose no município.
O tratamento prolongado, as doses diárias de medicação, os efeitos colaterais, são algumas das razões que levam as pessoas que têm tuberculose a abandonarem o tratamento. Por isso, o acompanhamento desses pacientes é tão importante.
"Esse aplicativo permite registrar diariamente todas as intercorrências [evento inesperado em um procedimento médico]. O programa pode emitir um relatório de tudo que está ocorrendo para a equipe que cuida do paciente, que são os médicos da área de infectologia ou clínico geral, e as enfermeiras", explica a professora Tereza Cristina Scatena Villa, coordenadora do projeto pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto.
Entre as informações do paciente que serão disponibilizadas pelo aplicativo, estão o gerenciamento clínico do caso, os exames e a administração de medicamento. O software também vai servir para acompanhar as pessoas que entraram em contato com o paciente, "tendo em vista que muitas dessas pessoas trabalham, têm uma vida regular", informou.
Tereza Villa disse ainda que a reunião de informações em um banco de dados, além de melhorar o tratamento dos pacientes, vai permitir uma avaliação mais ampla do tratamento adotado para tuberculose.
"Hoje, os formulários são dispersos. Tem ficha para anotar os comunicantes, outra para anotar a medicação diária, outra ficha é o prontuário clínico, com reações adversas e peso do paciente, por exemplo. Se você registra tudo dentro de um aplicativo, você consegue coordenar a assistência e perceber informações que antes não via. Vai identificar o que de fato funciona", avalia.
O professor Domingos Filho, coordenador do grupo pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, que desenvolveu o software, disse que fazer o tratamento da tuberculose de modo eficiente é fundamental para evitar a transmissão da doença e para impedir que o paciente desenvolva um tipo resistente aos antibióticos.
"É uma doença que tem cura. Se você tomar o remédio durante o período preconizado, a pessoa fica sã. Mas isso é um problema, porque existe muito abandono do tratamento", alertou.
No Brasil, de acordo com dados divulgados hoje (25) pelo Ministério da Saúde, a taxa de incidência da doença em 2012 foi de 36,1 para cada 100 mil habitantes. O país ocupa atualmente o 17; lugar em um ranking de 22 nações consideradas ;de alta carga; (onde há grande circulação da doença). No país, a tuberculose representa a quarta causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte por doença identificada entre pessoas com HIV.
O projeto está em fase piloto e, por enquanto, envolve 27 pacientes que são atendidos no Centro de Referência Alexander Fleming de Ribeirão Preto. "Começamos por aqui, mas já há municípios interessados em aderir ao programa", disse Domingos. O objetivo dos pesquisadores é que o programa seja disponibilizado gratuitamente.
Domingos acrescenta que a ampliação do uso do aplicativo vai permitir ainda analisar características da doença em determinada região. "Você diz que um município tem grande número de casos de tuberculose e consegue identificar exatamente em qual região isso se concentra. E, assim, a gente consegue melhorar o cenário dessa situação", explica.
O tratamento prolongado, as doses diárias de medicação, os efeitos colaterais, são algumas das razões que levam as pessoas que têm tuberculose a abandonarem o tratamento. Por isso, o acompanhamento desses pacientes é tão importante.
"Esse aplicativo permite registrar diariamente todas as intercorrências [evento inesperado em um procedimento médico]. O programa pode emitir um relatório de tudo que está ocorrendo para a equipe que cuida do paciente, que são os médicos da área de infectologia ou clínico geral, e as enfermeiras", explica a professora Tereza Cristina Scatena Villa, coordenadora do projeto pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto.
Entre as informações do paciente que serão disponibilizadas pelo aplicativo, estão o gerenciamento clínico do caso, os exames e a administração de medicamento. O software também vai servir para acompanhar as pessoas que entraram em contato com o paciente, "tendo em vista que muitas dessas pessoas trabalham, têm uma vida regular", informou.
Tereza Villa disse ainda que a reunião de informações em um banco de dados, além de melhorar o tratamento dos pacientes, vai permitir uma avaliação mais ampla do tratamento adotado para tuberculose.
"Hoje, os formulários são dispersos. Tem ficha para anotar os comunicantes, outra para anotar a medicação diária, outra ficha é o prontuário clínico, com reações adversas e peso do paciente, por exemplo. Se você registra tudo dentro de um aplicativo, você consegue coordenar a assistência e perceber informações que antes não via. Vai identificar o que de fato funciona", avalia.
O professor Domingos Filho, coordenador do grupo pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, que desenvolveu o software, disse que fazer o tratamento da tuberculose de modo eficiente é fundamental para evitar a transmissão da doença e para impedir que o paciente desenvolva um tipo resistente aos antibióticos.
"É uma doença que tem cura. Se você tomar o remédio durante o período preconizado, a pessoa fica sã. Mas isso é um problema, porque existe muito abandono do tratamento", alertou.
No Brasil, de acordo com dados divulgados hoje (25) pelo Ministério da Saúde, a taxa de incidência da doença em 2012 foi de 36,1 para cada 100 mil habitantes. O país ocupa atualmente o 17; lugar em um ranking de 22 nações consideradas ;de alta carga; (onde há grande circulação da doença). No país, a tuberculose representa a quarta causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte por doença identificada entre pessoas com HIV.
O projeto está em fase piloto e, por enquanto, envolve 27 pacientes que são atendidos no Centro de Referência Alexander Fleming de Ribeirão Preto. "Começamos por aqui, mas já há municípios interessados em aderir ao programa", disse Domingos. O objetivo dos pesquisadores é que o programa seja disponibilizado gratuitamente.
Domingos acrescenta que a ampliação do uso do aplicativo vai permitir ainda analisar características da doença em determinada região. "Você diz que um município tem grande número de casos de tuberculose e consegue identificar exatamente em qual região isso se concentra. E, assim, a gente consegue melhorar o cenário dessa situação", explica.