Belo Horizonte — Em tempos de pré-sal e de um Brasil autossuficiente em relação à produção de petróleo, a discussão sobre a importância dos biocombustíveis tem andado em marcha relativamente lenta. No entanto, a preocupação ambiental e o fato de o combustível fóssil ser finito levantam a questão sobre a relevância de investimentos que promovam um salto de qualidade na área de energia sustentável.
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De 1975 a 1989, o Brasil teve o Programa Nacional do Álcool (Proálcool ) para coordenar e estimular a produção e o uso do etanol carburante. A iniciativa mostrou o poder e a expertise do país para gerar uma fonte de energia alternativa. Com o know-how brasileiro, foram construídas destilarias que transformaram o excedente da produção de cana-de-açúcar em etanol hidratado e anidro — esse último é hoje usado como aditivo na gasolina, sem necessidade de qualquer modificação nos motores dos veículos. Na época, em meio à crise do petróleo, o Proálcool fez diminuir a dependência das importações, além de favorecer a indústria açucareira depois da queda do preço do açúcar, em 1974.