Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Problema da menopausa precoce atinge cerca de 1% das mulheres

Antes dos 40 anos, irregularidade menstrual, ondas de calor, alteração no humor e insônia podem sinalizar que o fim da fase reprodutiva chegou antecipadamente. Geralmente de causa indefinida, o problema atinge 1% das mulheres

Belo Horizonte ; Toda mulher sabe que o fim da fase reprodutiva vai chegar. Difícil é aceitar quando os ovários param de funcionar antes do esperado. Estima-se que 1% da população feminina adulta entre em menopausa antes dos 40 anos, o que caracteriza a falência ovariana prematura. O prejuízo é certo para quem ainda planejava ter filhos, mas as consequências vão além da infertilidade. Devido à baixa produção de estrógeno ; hormônio protetor do coração e dos ossos ;, aumenta-se o risco de doenças cardiovasculares e de osteoporose, assim como o envelhecimento precoce. Especialistas garantem que a reposição hormonal, quando não for contraindicada, ajuda a mulher a passar por essa fase com tranquilidade.

Primeiro, vem a irregularidade menstrual. Depois, podem surgir os mesmos sintomas da menopausa na idade normal, que acontece entre os 40 e os 58 anos, como ondas de calor, alteração de humor e insônia. O problema é que dificilmente uma jovem vai associar os sinais com a falência ovariana prematura. Por isso, mulheres com menos de 40 anos que estão sem menstruar há pelo menos quatro meses devem procurar um médico o quanto antes. Para chegar ao diagnóstico, é necessário fazer a dosagem de hormônios, principalmente o FSH (ver arte), em dois meses consecutivos. Também é usual confirmar a suspeita com ultrassonografia, que mostra o volume dos ovários. Como entram em processo de atrofia, já que param de trabalhar, os órgãos diminuem tanto de tamanho que quase não são visualizados.