Ciência e Saúde

Otite é mais comum em mamíferos por causa da ausência de pelos

De acordo com pesquisa britânica, a ausência de pelos em uma parte do ouvido médio deixa a estrutura vulnerável a infecções. O problema é ainda maior entre as crianças, que não têm a tuba auditiva totalmente desenvolvida

Marcela Ulhoa
postado em 28/03/2013 06:45
Aproximadamente uma em cada cinco crianças no mundo é afetada pela otite secretora, doença definida pelo acúmulo de líquido no ouvido médio. Quando acontece o entupimento, os três ossos contidos nessa parte da orelha são impedidos de vibrar livremente e acabam por bloquear a passagem do som do tímpano para o ouvido interno. O resultado é a perda auditiva temporária. Foi no intuito de entender o fato de algumas crianças serem mais propensas do que outras para desenvolver problemas crônicos no ouvido, com crises repetidas de otite, que pesquisadores da King;s College London se lançaram em uma interessante pesquisa sobre o desenvolvimento embrionário do ouvido.

A partir de estudos com camundongos, os cientistas descobriram que as células que revestem a cavidade da orelha média dos mamíferos são provenientes de dois tipos de tecidos: as células da endoderme e da crista neural. Enquanto a parte do forro originária da endoderme é coberta por uma capa de cílios (pelos) que ajudam a limpar os detritos da orelha, os pesquisadores descobriram que o revestimento derivado das células da crista neural já não possuem esses cílios. Dessa forma, uma parte do ouvido médio torna-se menos eficiente na limpeza dos resíduos, ficando mais vulnerável à infecção.

De acordo com pesquisa britânica, a ausência de pelos em uma parte do ouvido médio deixa a estrutura vulnerável a infecções. O problema é ainda maior entre as crianças, que não têm a tuba auditiva totalmente desenvolvida

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