É normal adolescentes acenderem um cigarro, seja por curiosidade ou pela sensação de estar quebrando as regras. Enquanto a maioria não vai levar o hábito adiante, outros se tornarão fumantes inveterados. A genética pode predizer quais jovens estão no grupo de risco, segundo um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos, da Inglaterra e da Nova Zelândia. Eles sequenciaram o genoma de mais de 800 adultos acompanhados desde a infância e constataram que os portadores de genes previamente associados à dependência de nicotina tiveram mais riscos de permanecer fumando.
A lição é clara: embora nem toda pessoa que carregue as variantes genéticas se tornará fumante, aquela que as possui deve evitar a primeira tragada. Como o sequenciamento genético em larga escala ainda está longe de se tornar realidade, impossibilitando mapear toda a população de risco, eles recomendam políticas preventivas mais incisivas voltadas aos jovens. ;Iniciativas que interrompam a progressão do comportamento tabagista entre adolescentes podem mitigar os riscos genéticos;, diz Daniel Belsky, pesquisador do Instituto de Ciências Genômicas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos.