Bruna Sensêve
postado em 12/04/2013 08:29
O citomegalovírus humano (CMV) pertence à família dos herpesvírus, e, como seus similares, está de forma latente em grande maioria da população mundial adulta. Estima-se que esse percentual atinja entre 60% e 90%. Mais perigosa que doenças como a catapora e o herpes, a citomegalovirose pode levar à morte em pouco tempo quando se manifesta em indivíduos que estão com o sistema imune comprometido, como recém-transplantados, pacientes com Aids ou submetidos a sessões de quimioterapia. A letalidade não é a única preocupação. Os vírus dessa família, uma vez hospedados no organismo, não são mais removidos. Essa latência foi o objeto de pesquisadores liderados por Michael Weekes, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Ao investigarem como o CMV se mantinha presente, mesmo sem manifestação, nas células humanas, eles acreditam ter descoberto uma maneira de, pela primeira vez, erradicá-lo do corpo.
Os experimentos foram detalhados na edição de hoje da revista científica Science. Inicialmente, Weekes e sua equipe utilizaram células humanas cultivadas em laboratório para compreender quais seriam as diferenças moleculares entre as estruturas infectadas pelo CMV e as que não tiveram contato com o micro-organismo. Por meio de técnicas modernas que permitem estudar quantitativamente as proteínas expressas nas células, os pesquisadores perceberam, nas estruturas infectadas, uma baixa quantidade da proteína MRP1. ;Essa proteína fica normalmente na membrana da célula, é o que chamamos de transportadora. Ou seja, ela é uma das responsáveis por retirar substâncias tóxicas invasoras, levando-as para fora do ambiente celular;, esclarece a chefe do Departamento de Virologia do Instituto de Microbiologia Paulo Goes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luciana Jesus da Costa.
Os experimentos foram detalhados na edição de hoje da revista científica Science. Inicialmente, Weekes e sua equipe utilizaram células humanas cultivadas em laboratório para compreender quais seriam as diferenças moleculares entre as estruturas infectadas pelo CMV e as que não tiveram contato com o micro-organismo. Por meio de técnicas modernas que permitem estudar quantitativamente as proteínas expressas nas células, os pesquisadores perceberam, nas estruturas infectadas, uma baixa quantidade da proteína MRP1. ;Essa proteína fica normalmente na membrana da célula, é o que chamamos de transportadora. Ou seja, ela é uma das responsáveis por retirar substâncias tóxicas invasoras, levando-as para fora do ambiente celular;, esclarece a chefe do Departamento de Virologia do Instituto de Microbiologia Paulo Goes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luciana Jesus da Costa.