postado em 24/04/2013 08:12
O pouso do Atlantis, em 21 de julho de 2011, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, marcou o fim do programa de ônibus espaciais dos Estados Unidos. Por isso, o mundo todo acompanhou a volta da nave, que havia transportado astronautas até a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) pela última vez. Mas um grupo de cientistas tinha especial interesse no retorno. Eles queriam colocar logo as mãos em uma pequena caixa contendo células humanas que faziam parte de um experimento sobre os efeitos da microgravidade no sistema imunológico. O estudo, além de revelar mais sobre os riscos corridos por quem se aventura fora da Terra, traz dados úteis para o entendimento de como o corpo reage ao estresse e para a compreensão de quadros de infecção generalizada.
Como o organismo humano se comporta no espaço é motivo de interesse para especialistas há alguns anos. Médicos já notaram que astronautas voltam ao planeta vulneráveis a infecções e demoram mais que o normal para cicatrizar feridas. Entender de que maneira um período longe da Terra afeta o corpo se mostra ainda mais importante agora em que há planos de enviar, em algumas décadas, uma missão tripulada à Marte.