Agência France-Presse
postado em 29/04/2013 16:23
Washington - O dinheiro traz felicidade e ter mais dinheiro deixa as pessoas mais felizes, independentemente de já terem o suficiente para se manter, garantem cientistas especializados em economia em um estudo publicado nesta segunda-feira (29/4).
Embora o vínculo entre dinheiro e bem-estar não surpreenda, o novo estudo contradiz pesquisas anteriores que sugeriram que este efeito diminuía acima de um certo nível de renda, que permite às pessoas atenderem às suas necessidades básicas.
Os economistas da Universidade de Michigan Betsey Stevenson e Justin Wolfers afirmam em seu artigo, pulicado na edição de maio do periódico ;American Economic Review, Papers and Proceedings;, que não há evidências de um ponto "de satisfação" na equação dinheiro-felicidade.
"Não encontramos evidências de um ponto de satisfação", escreveram. "O vínculo entre renda e bem-estar que encontramos quando examinamos apenas os pobres é semelhante àquele encontrado quando examinamos apenas os ricos", destacaram.
Eles descobriram que o vínculo é válido "ao se fazer comparações cruzadas entre países ricos e pobres assim como ao se fazer comparações entre pessoas ricas e pobres de um país".
O estudo é o mais recente de um campo que rende muita discussão e parece contradizer uma teoria denominada "Paradoxo de Easterlin", desenvolvida em 1974 por Richard Easterlin, que está na Universidade do Sul da Califórnia.
A pesquisa de Easterlin, baseada em consultas feitas no Japão, sugeria um pequeno ou nenhum aumento na felicidade nacional apesar do milagre econômico que o país viveu após a Segunda Guerra Mundial.
Estudos posteriores apontaram para uma renda anual nos Estados Unidos de US$ 75.000 e em países pobres numa faixa entre US$ 8.000 e US$ 25.000, além da qual o dinheiro não impactaria mais o bem-estar.
Mas Stevenson e Wolfers afirmaram que a pesquisa demonstrou que o Paradoxo de Easterlin e teorias similares simplesmente estão equivocadas.
"Se houver um ponto de satisfação, ainda não o alcançamos", afirmaram. "Nós não encontramos evidências de uma quebra significativa, tanto na relação felicidade-renda, quanto na relação satisfação-renda, mesmo com rendas anuais acima do meio milhão de dólares", acrescentaram.
Stevenson e Wolfers usaram dados de três diferentes estudos cruzados entre países, incluindo a consulta Pew Global Attitudes, a pesquisa Gallup World Poll e o International Social Survey Program.
"Eles demonstram uma clara relação entre o nível médio de bem estar em um país com sua renda média", escreveram. "Enquanto os ganhos com a renda ficam mais lentos à medida que os países enriquecem, eles nunca desaparecem. Dobrar a renda de um país tem o mesmo impacto no bem estar de seus cidadãos, independente do ponto inicial", emendaram.
Stevenson e Wolfers, que também é um membro não residente da Brookings Institution, têm feito estudos nesta área há anos e a última pesquisa sustenta suas conclusões de um estudo de 2008. "Enquanto à ideia de que há algum nível crítico de renda além do qual a renda não impacta mais o bem-estar (...) trata-se de algo em desacordo com os dados", concluíram.
Embora o vínculo entre dinheiro e bem-estar não surpreenda, o novo estudo contradiz pesquisas anteriores que sugeriram que este efeito diminuía acima de um certo nível de renda, que permite às pessoas atenderem às suas necessidades básicas.
Os economistas da Universidade de Michigan Betsey Stevenson e Justin Wolfers afirmam em seu artigo, pulicado na edição de maio do periódico ;American Economic Review, Papers and Proceedings;, que não há evidências de um ponto "de satisfação" na equação dinheiro-felicidade.
"Não encontramos evidências de um ponto de satisfação", escreveram. "O vínculo entre renda e bem-estar que encontramos quando examinamos apenas os pobres é semelhante àquele encontrado quando examinamos apenas os ricos", destacaram.
Eles descobriram que o vínculo é válido "ao se fazer comparações cruzadas entre países ricos e pobres assim como ao se fazer comparações entre pessoas ricas e pobres de um país".
O estudo é o mais recente de um campo que rende muita discussão e parece contradizer uma teoria denominada "Paradoxo de Easterlin", desenvolvida em 1974 por Richard Easterlin, que está na Universidade do Sul da Califórnia.
A pesquisa de Easterlin, baseada em consultas feitas no Japão, sugeria um pequeno ou nenhum aumento na felicidade nacional apesar do milagre econômico que o país viveu após a Segunda Guerra Mundial.
Estudos posteriores apontaram para uma renda anual nos Estados Unidos de US$ 75.000 e em países pobres numa faixa entre US$ 8.000 e US$ 25.000, além da qual o dinheiro não impactaria mais o bem-estar.
Mas Stevenson e Wolfers afirmaram que a pesquisa demonstrou que o Paradoxo de Easterlin e teorias similares simplesmente estão equivocadas.
"Se houver um ponto de satisfação, ainda não o alcançamos", afirmaram. "Nós não encontramos evidências de uma quebra significativa, tanto na relação felicidade-renda, quanto na relação satisfação-renda, mesmo com rendas anuais acima do meio milhão de dólares", acrescentaram.
Stevenson e Wolfers usaram dados de três diferentes estudos cruzados entre países, incluindo a consulta Pew Global Attitudes, a pesquisa Gallup World Poll e o International Social Survey Program.
"Eles demonstram uma clara relação entre o nível médio de bem estar em um país com sua renda média", escreveram. "Enquanto os ganhos com a renda ficam mais lentos à medida que os países enriquecem, eles nunca desaparecem. Dobrar a renda de um país tem o mesmo impacto no bem estar de seus cidadãos, independente do ponto inicial", emendaram.
Stevenson e Wolfers, que também é um membro não residente da Brookings Institution, têm feito estudos nesta área há anos e a última pesquisa sustenta suas conclusões de um estudo de 2008. "Enquanto à ideia de que há algum nível crítico de renda além do qual a renda não impacta mais o bem-estar (...) trata-se de algo em desacordo com os dados", concluíram.