Dennis, o Pimentinha e o Menino Maluquinho são personagens que encantaram adultos e crianças durante os anos de 1980 e de 1990 principalmente pelas peraltices. Guardadas as devidas proporções, os discípulos desse garotinhos existem e costumam deixar os pais e mães sem saber o que fazer. Leandro Bertoletti é um deles. Pai de Lucas, de 4 anos, e Giovanna, de 1, ele conta que, às vezes, fica perdido em meio às brincadeiras e à inesgotável energia da dupla. ;Somos um bom caso para ser analisado. Meus filhos não param nunca. Eu sempre acho que eles são mais agitados que as outras crianças. A sorte é que a minha mulher é pedagoga e diz que as brincadeiras são normais;, diz.
Especialistas alertam que é comum as travessuras dos filhos surpreenderem os adultos, mas eles precisam ficar atentos a sinais que indiquem a existência de um transtorno comportamental. A psicanalista infantil e professora da Universidade de Brasília (UnB) Maria Izabel Tafuri explica que as brincadeiras são imprescindíveis, pois ;ajudam a criança a desenvolver a capacidade de atenção e a estimular a imaginação;. Para identificar se um comportamento é típico ou extrapola o adequado, é importante ficar de olho em como os pequenos brincam. ;Eles precisam se divertir sozinhos e com outras crianças e devem ser assistidos durante esse período para que se perceba se existe um comportamento problemático.;
Psicóloga e analista do comportamento, Maria Martha Hübner ressalta que algumas atitudes dos pais podem estimular o mau comportamento dos filhos. O que acontece é que muitas vezes os adultos dão mais ênfase aos erros da criança e deixam de valorizar o que ela faz de bom. Em outros casos, dão mais atenção para um filho do que para outro, o que pode gerar a necessidade de chamar a atenção pelas travessuras. ;Quando a criança faz algo errado, é melhor falar para ela parar e ter uma conversa rápida, explicando por que o comportamento não deve ser repetido. Dar muitos sermões e aplicar punições pode não ser eficiente;, aconselha Hübner.